segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O novo membro da família

(Esse post foi escrito há umas duas semanas. Não sei porque não tinha vindo pro ar ainda, mas antes tarde do que nunca! Apresento-vos o novo membro da família Martins-Alves :-))

Ele chegou. Não num dia de sol, brilhante e incadescente, mas num dia de chuva.
Foi amor à primeira vista, não há como negar. Depois de procurarmos bastante, a dúvida mais evidente a cada dia ("Carro usado ou carro novo??") e uma parada sem nenhuma pretensão na Metrovel da Padre Cacique, o encontramos.

Eu já sabia que ele seria nosso. Mas ele precisava de um nome. Como tudo que entra na minha vida.

Olhei pra ele, branco e feroz. Forte. Brilhante. Como um trovão. Trovão!

Nasce o nome do nosso carrinho. Acho que nem o Gatinho sabia disso. Na primeira visita eu já tinha escohido o nome do nosso novo filhinho. Trovão!

Por enquanto sem fotos, ainda não deu tempo. Mas nosso. Percebem? Não meu, não dele. Nosso. Trovão.
Trovão é um Gol Branco, G III, 8V. O mais bonito de todos. O melhor. O nosso carrinho.

O significado que o trovão tem é muito maior do que um meio de transporte. É o NOSSO carrinho. A primeira coisa que adquirimos juntos. Pra ser NOSSO.

Trovão :-)

sábado, 10 de janeiro de 2009

Era uma vez o Bochechudo

O fusca mais legal que já existiu nesse mundo, o mais carismático. Não tinha quem não o conhecesse onde quer eu fosse. Até na minha formatura ele foi lembrado. "E o fusquinha??"
Era uma vez um carrinho...

Há pouco mais de quatro anos fui buscar ele com o pai. Seguia ele de Santana pra casa, namorando à distância e já antecipando a euforia de dirigir meu mais novo companheiro. Já de cara quando olhei pra ele enxerguei aquelas crianças bem gordinhas e queridas, que dá vontade de arrancar as bochechas. Nascia o Bochechudo.



A primeira volta foi hilária. Com toda a minha experiência de 3 meses de carteira eu nunca tinha dirigido um carro tão legal... e tão duro e solto! Caía nos buracos fazendo um barulho seco e sacudindo toda lata existente nele.
Fusquinha querido... A folga que tinha na direção era tão grande, mas tão grande que a gente já chamava de férias. Mas eu me acertei...

A partir daí ele foi se tornando cada vez mais companheiro. E companheiro tem que ser pra todas as horas. Inclusive aquelas que ele dá problema (e olha que não foram poucas...).
A primeira vez que ele deu problema no platinado eu fiquei empenhada no pior lugar do mundo: na Terceira Perimetral. Em obras. Muito trânsito. Liguei pro Tele-Pai e 40 minutos depois ele chega e conserta o carro com um elemento essencial em qualquer bolsa de mulher: uma lixa de unha! Depois disso até aprender a trocar platinado eu aprendi. E foi na praia, alguns meses depois que o Gatinho e eu trocamos (sozinhos) nosso primeiro platinado.

E essa não foi a única lição mecânica que aprendi... Aprendi a reduzir as marchas pra não deixar o carro apagar por causa do carburador entupido. Aprendi a dirigir sem freio. Isso mesmo, sem freio. Problema de vela, dirigir o carro apenas em três cilindros. Desmontei (e montei) as duas portas. Aprendi a instalar uma máquina de vidro. Passei uma tarde inteira com o pai tentando arrumar a buzina dele (e nunca conseguimos que funcionasse direito). Apertei milhões de parafusos. E a coisa mais legal de todas: aprendi a virar a ignição com uma moeda.

Claro que tinha uma série de "manhas" pra fazer ele funcionar: a bombeadinha de gasolina de manhã cedo, a batidinha no velocímetro pra o ponteiro funcionar, o "levanta e bate" pra fechar as portas, a tampa do tanque de gasolina que ninguém conseguia fechar direito.

Obrigada Bochechudo!

Nunca vou esquecer o abrigo nos dias de chuva, a primeira vez que passei cera na pintura, e a emoção de polir cada milímetro. Ou então da vez que trouxemos duas vezes o que ele comportava ao voltar da praia com a minha vó na carona e metade da casa como bagagem. As inúmeras caronas dadas... Acho que tu nunca tinha visto tanta gente diferente em um intervalo tão curto de tempo. Meu querido Bochechudo, vivemos uma história.

Por essas e outras sou grata, Bochechudo. Tu foi o melhor fusquinha que eu já pensei em ter. O mais querido. Um filho, meu primeiro carrinho. Em quatro anos, tu me forneceu lembranças e histórias para uma vida inteira. Meu querido fusquinha.


Hoje estou te aposentando, Bochechudo. Mas com a certeza que todas as lembranças e momentos que passamos juntos vão ficar guardados no meu coração.

Faz teu próximo dono tão feliz quanto eu fui contigo :-)