domingo, 11 de setembro de 2011

O Casamento de Muriel

Um dos meus filmes favoritos. Começou a ser favorito quando eu assisti pela primeira vez, aos 12 ou 13 anos acho. Não vou fazer resenhas, até porque pra mim o filme fala de várias coisas. Amizade, solidão, rejeição, aceitação, mudança. Veio numa época em que eu, adolescente, me sentia naturalmente diferente. Adolescente tem disso. E acho que eu era mesmo, comparando com o meio e os amigos com quem convivia. E foi através da Muriel que eu entendi que ser diferente não é um problema. E foi através da Muriel que eu aprendi a gostar de Abba.

Assisti novamente O Casamento de Muriel ontem. E me emocionei e chorei nas mesmas partes que lembro ter chorado há cerca de 15 anos atrás.

Muriel é basicamente uma anti-heroína. Feia, esquisita, sem emprego e com muitas falhas de personalidade. E é exatamente isso que faz dela alguém em quem se indentificar. Porque todo mundo já se sentiu um pouco Muriel na vida. Todo mundo já quis ser uma pessoa completamente diferente. Todo mundo já sentiu que queria encontrar o seu lugar, correndo sempre atrás de um sonho, um objetivo. E depois de realizar o "grande sonho", ela se descobre e passa a se aceitar.


Eu sou uma Muriel em vários aspectos. Já fui muito mais Muriel em outros. Mas assistir ao filme (e tenho certeza que isso vai acontecer em todas as vezes que assistir) me fez lembrar de como eu me sentia, quão Muriel eu era e quão Muriel ainda sou. Principalmente por gostar tanto de Abba e me sentir, em momentos tristes e felizes, uma "Dancing Queen".

Recomendo :-)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

FISL 12

Semana passada aconteceu na PUC (Porto Alegre) a 12ª edição do Fórum Internacional do Software Livre. Depois de 7 anos sem participar desse evento, fiquei bastante surpresa. Há sete anos atrás, aquele saguão imenso do centro de eventos da PUC estava praticamente vazio. Meia dúzia de estandes de empresas e organizações identificadas com o software livre. No último evento eu pude contar tranquilamente umas 20 empresas e organizações, entre elas, Oracle, Google, Globo.com, órgãos de TI federais, estaduais e municipais (Serpro, Procergs e Procempa) e uma infinidade de grupos de usuários.

Ir no FISL depois de todo esse tempo, agora conhecendo muito mais sobre tecnologia, ferramentas de TI e software livre foi definitivamente interessante. Como inicialmente eu teria que dividir o crachá com outro colega aqui da Procergs (o que no fim das contas nem precisou) eu acabei me programando pra ir só em dois dias (quinta o dia todo e sábado pela manhã).

Na quinta assisti duas palestras sobre desenvolvimento de aplicativos para Android e tenho que dizer que deu muita vontade de brincar de desenvolver pra mobile de novo... Pena que me falte ideias pra colocar em prática. De repente  eu poderia fazer algo que juntasse aplicativos para Android com ponto cruz e tricô... E pra isso eu vou precisar trocar de celular também... :-P #ficaadicadepresente

No sábado chegamos um pouquinho atrasados para a palestra de um indiano que trabalha na Oracle, sobre Java EE 7 e depois numa palestra muito legal, Beyond Java SE 7. Fora as outras legais que eu queria assistir mas não deu. Assisti também uma sobre desenvolvimento para web com Java e frameworks, uma sobre Html 5 e uma sobre a participação da mulher na TI (A maior concentração de público feminino por metro quadrado do evento!).

Aconteceram duas coisa engraçadas, que obviamente merecem ser retratadas aqui. A primeira aconteceu quando estava ficando no estande da Procergs no FISL, na quarta de manhã. Chegaram dois novos nerds pra conversar comigo e perguntar sobre a empresa. Eis o diálogo:
[Nerd] - Oi, que empresa é essa?
[Eu] - Oi! A Procergs é uma empresa pública , e que atende principalmente órgãos do Governo do estado...
[Nerd] - Do estado de Porto Alegre? ¬¬

[Uma linha de silência em homenagem ao nerd que não sabe o mínimo de geografia]

Outro negócio engraçado foi que quando a gente saiu da palestra do indiano, no sábado, sobre Java EE 7, um cara tomou o meu programa da minha mão, achou uma palestra e circulou e escreveu um nome. Quando eu olhei pra ele, ele tava me apontando o crachá pra me mostrar que ele era o palestrante. Quando ele viu que a gente falava inglês, começou a conversar.

Daí naquela conversa entre uma sala e outra ele apontou pra minha jaqueta (eu tava com uma jaqueta do Inter), pro símbolo e disse:
-Ohh ColoRRRRado!! I know this one because it's where I'm from! ColoRRRado!!
Pronto. Conversamos mais um pouco, falei que tínhamos a divisão grenal clássica em casa (não com essas palavras porque ele não ia entender, hehe) e ele aprendeu que o outro time, o "blue one" é o "GRRRemínio". Fomos pra palestra dele e ele nos deu camisetas sem que a gente precisasse fazer perguntas :-P

De forma geral foi um evento bem interessante. Algumas palestras um pouco iniciantes demais, outras muito boas, e palestras de áreas diversas envolvidas com a filisofia e ferramentas livres.

Estou bem empolgada pra ir no evento do ano que vem, e vou me planejar para ir todos os dias. Quem sabe até lá eu já tenho um celular com Android e alguma aplicação maluca desenvolvida por mim?

:-)

quarta-feira, 23 de março de 2011

O dia que eu comecei a estudar italiano

Aconteceu! Quase três anos depois que eu entrei pela primeira vez no site da Acirs, eu finalmente comecei a estudar italiano. Eu sei, eu sei, por que só agora? Porque eu sou idiota, bobalhona. Mas posso dizer? Acho que a espera fez com que eu valorizasse ainda mais!

Segunda-feira foi meu primeiro dia de aula. Cheguei na Acirs, por volta das 18h (a aula começava às 18:45) falei com a recepcionista que me encaminhou para a minha sala (stanza 2). Fiquei lendo meu "Memórias de uma Gueixa" até quase começar a aula. Estranhei que a sala tava vazia! Até que entrou alguém e disse: é aqui o nível 5, né? E eu prontamente: não, aqui é o nível 1. Todo mundo se virou pra mim e disse: não é o nível 5. Ok, primeiro dia e consegui a façanha de ficar no lugar errado. Quando me encaminharam pra sala certa, já estava lotada de gente! Mas tudo bem as minhas estreias geralmente são assim, pitorescas.

Gente, italino é lindo, lindo, lindo. Minha professora é um amor e eu sentei do lado de uma colega que estava tão emocionada quanto eu para aprender italiano. Não pode ter coisa mais legal do que estudar porque a gente tem vontade. Aprendi os meses do ano, (agora eu sei que eu nasci em Maggio) e que meu stato civile é sposata :-) A única coisa que eu tive que cuidar durante a aula é que o meu idioma estrangeiro default é inglês. Então sempre que tentava pensar numa palavra que não fosse em português, automaticamente vinha o inglês na minha mente :-P

Agora estou atrás de um dicionário bom (segundo a minha professora, se formos comprar o Zanichelli é o melhor deles) e acho que vou comprar essa semana ainda. E claro, materiais de italiano, principalmente músicas e álbuns de artistas legais. Claro que material de uma das minhas divas, Laura Pausini, eu já tenho bastante. Já troquei o idioma default do meu gmail e vou aos poucos vou tentar trazer o italiano cada vez mais pro meu cotidiano.

Recomendo fortemente pra você que tem muita vontade de fazer algo, cujo maior inimigo é a inércia, faça de uma vez! A felicidade de realizar uma vontade é muito grande!

Capisce?

sexta-feira, 4 de março de 2011

O mundo está cada vez pior

 E não, isso não é papo de quem está ficando velho.

A sociedade passa por um momento estranho de evolução. Estranho porque apesar de existir cada vez mais ferramentas de comunicação, informação e acesso à essa informação, as pessoas estão cada vez mais individuais e egoístas. E um dos lugares que mais reflete essas mudanças é o trânsito.

Todos os dias "super poderosos" motoristas, isolados no mundinho do seu carro cometem desde atos simples de falta de educação até ignorâncias injustificáveis, como aquele babaca motorista que atropelou vários ciclistas "porque estava irritado".

Domingo passado, quando estávamos voltando da casa dos meus pais o Rodrigo e eu, uma beleza dirigindo um Palio prata atravessou o carro à toda na nossa frente. Eu buzinei. E adivinha o que a nossa incauta motorista (sim era mulher) fez senhoras e senhores? Pois eu lhes digo. A vaca lady que estava dirigindo o supracitado Palio achou tirou o bracinho pra fora da janela e me mostrou seu dedo médio (deve ter sido pra eu ver a cor do esmalte) e saiu acelerando. Acelerei o Trovão (era eu quem estava dirigindo) até o limite permitido pela via, e quis o destino que 500m depois a vaca lady parasse seu carro para converter à esquerda. Cuidando os espelhos retrovisores para não provocar nenhum acidente, reduzi até quase encostar ao lado do carro dela e fiz a única coisa que podia fazer: aplaudi. APLAUDI. Porque a pessoa tem que ser muito, mas muito heroína para fazer uma imprudência dessa no trânsito e ainda achar que tem razão.

Eu tenho certeza que essa pessoa, assim como as outras com esse tipo de atitude no trânsito, tem família, deve ser querida por um monte de gente, deve pedir "por favor" e "com licença" quando está na frente de estranhos. Mas dentro do seu carro, ela "vira" Deus. Ela pode. E a pessoa que pode ser educada, inteligente e apreciada por outro grupo de pessoas, quando está no seu carro, nada mais é do que uma motorista ESCROTA.

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"Tá mais calminha tá?"
"Agora tô :-)"

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Falando sério gente: não sejam motoristas escrotos. Olhem para os lados. Olhem para o retrovisor. E se fizerem alguma coisa errada no trânsito (afinal de contas errar é humano), peçam desculpa! É tão mais simples, é tão mais educado (além de fazer bem pra saúde dependendo do tamanho do outro cara).
Aproveitem o carnavel e lembrem-se: pode entrar com tudo pra dentro da garrafa, mas vão pra casa de táxi ;-)