quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Um post sobre trabalhos manuais

Eu adoro trabalhos manuais. Tricô, fuxico, bordado e principalmente dizer cheia de moral quando alguém elogia algo que estou usando:Gostou? Eu que fiz :-)

Mas de todos o que eu mais gosto de fazer é tricô. Quando eu era criança minha mãe tinha uma máquina de tricô e vestia a família inteira. Blusões, blusas, meias, calças e tudo o mais que ela conseguisse fazer. Acho que é por isso que hoje eu tenho uma certa resistência a comprar peças de lã. Ainda mais cachecóis. É tão fácil de fazer!

Então em homenagem a uma amiga aqui do trabalho, a Ana Carolina que vive perguntando porque eu não coloco essas coisinhas legais no meu blog, estou postanto fotos das peças que fiz e mais gostei (e por consequência, mais uso).

Esse foi o primeiro que eu fiz até o final, quando recomecei a fazer tricô. É com um ponto muito legal, que desmancha! Tricota-se cerca de 60 cm e depois arremata de um jeito diferente, vai desmanchando e fica esse baita cachecol. Fiz ele com 100gr de lã :-)

Esse cachecol amarelo eu fiz há uns 3, 4 anos acho. Eu não me lembro exatamente como fiz, só que fui fazendo umas laçadas loucas e cheguei a isso :-) Fiz a touca pra combinar também.

Daí ano passado eu inventei que queria aprender ponto cruz. Fiz um curso? Claro que não! Comprei umas revistinhas, umas toalinhas e fui pro YouTube procurar uns vídeos que ensinassem. Revistas de ponto cruz são tão fofas! E aí como estava pra casar com o Rodrigo, bordei nossas iniciais nessa toalhinha. Ficou bonitinho, não? Ainda mais quando feito com amor!
Devia ter bordado G &
G de Gatinho e Gatinha :-)
Depois, como ainda estava calor e as flores e fuxicos estavam na moda, quis aprender a fazer fuxicos! Claro que eu aprendi nas revistas e com a ajuda da internet (ainda vou fazer alguns agora que a primavera está aí e aprender a montar uns colares). Fiz alguns broches e tic-tacs. Um monte deles eu dei de presente antes de fotografar. Quando fui pra San Francisco, em maio, tinha umas indianas com que eu trabalhava que adoraram meus fuxicos. Dei o que tinha sobrando de presente pra uma delas e depois mandei alguns pra outra. Ela adorou :-)
Esse são os fuxicos que me sobraram, um monte deles eu acabei dando de presente. E de "brinde" ali está uma almofadinha para alfinetes que eu fiz também
E com o frio do meio do ano voltei ao tricô. Fiz um cachecol preto (eu não tinha um, dá pra acreditar?), um azul de lã mesclada e também um com uma lã de rendinha, branca, que ficou coisa mais querida.

As últimas criações são duas estolas de tricô. Fiz uma preta, para usar num casamento no mês passado. Essa eu realmente gostei! E o melhor, eu gastei R$24,00 com o material (dois novelos de lã) e uma semana para fazer, o ponto é muito fácil (só tricô, ida e volta).

 E depois fiz uma prata, que usei num casamento em Vacaria. Mesma receita, mesmos pontos. Ah, por favor, não reparem na blusa não-combinante por baixo das estolas... Acreditem com vestido de festa elas ficam lindas!

Ah, eu já fiz uns sapatinhos de bebê também! Mas foi pra dar de presente, e foi há um tempão, eu provavelmente não tenho foto em lugar nenhum pra postar.
Agora, como está muito quente, estou fazendo uns bordadinhos em ponto cruz (e também porque a querida da Ana Carolina me de um monte de revistas de ponto cruz, então fiquei mega inspirada).
 

Pensando bem, acho que eu sou realmente prendada :-P

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Isso não está acontecendo...

Sábado foi a comemoração do aniversário da minha mãezinha. Todo mundo que já presenciou as festas da minha família sabe que elas só tem hora para começar. Estava muito bom. Comida maravilhosa (estrogonofe feito pelo meu paizão), amigos queridos e cantoria no videokê. Chegamos em casa e fomos dormir às 4:30 da manhã. Mas tudo bem, afinal de contas, o outro dia seria domingo. A gente ia poder descansar até não aguentar mais, dormir até tarde... Eu estava preparada para fazer uma única refeição, acordar bem tarde e fazer direto a janta.

Mas não.

Acordamos às 9:32 da manhã (eu me lembro de ter olhado bem no relógio).

E aí você me diz, caro leitor: ahá, o telefone tocou e vocês acordaram! Não. O interfone tocou e vocês acordaram! Não. Um cachorro latiu e vocês acordaram! Não. A coisa mais improvável, mais impossível e mais insana que você pode imaginar. Uma missa.

Mas como assim? Missas acontecem dentro de igrejas, não? Sim. Missas acontecem dentro de igrejas. Menos aquela. Maldita missa móvel, levando a benção aos fiéis que decidiram não levantar cedo e ir a igreja. E usando uma P#%%@ de um carro de som ainda por cima. Não dá pra acreditar. E ainda por cima, se ficasse a manhã inteira embaixo da nossa janela, "tudo bem". Mas não, ficou somente o tempo necessário para nos acordar no "melhor" dos humores para um domingo.

E eu me pergunto: Deus não gosta que eu me divirta? Olho para o que fiz no fim de semana e penso: mas eu estava no aniversário da minha mãe! Não bebi, não fumei, não cheirei, não estraguei meu corpo nem minha mente (talvez tenha estragado os tímpanos dos convidados quando estava cantando no videokê, mas isso não deve ser pecado). Comemorei, ri e brinquei da forma mais saudável que um cristão conseguiria aproveitar uma festa. E não mereço dormir e descansar no dia seguinte? Ok, isso tudo considerando que eu sou uma boa cristã que frequenta a missa (pra algumas igrejas basta frequentar a missa para ser um).

Mas e se eu não tiver religião? E se for umbanda, espírita, evangélica? Eu tenho que ser acordada na janela da minha casa? Onde está o diabo do livre arbítrio? Eu ESCOLHI não acordar cedo naquela manhã. Eu ESCOLHI não ir à igreja naquela manhã (e em muitas outras, hehe). Eu ESCOLHI dormir naquela manhã. E se eu escolher não ter fé em nada o problema é TOTALMENTE MEU. E eu NUNCA irei a uma igreja que não tem respeito pelas pessoas. Que não pensa que as pessoas que trabalham a semana inteira e só tem sábado e domingo para descansar não querem ser acordadas no domingo às 9:32 da manhã. E que mesmo as pessoas que não fazem nada durante a semana e saem pra uma noitada no dia anterior não querem ser acordadas no domingo às 9:32 da manhã.

A grande conclusão é que o problema não é Deus. O problema são as pessoas, que utilizam do pretexto "Deus" para ser inconvenientes, chatas, babacas e completamente sem noção. E agora estou aqui, podre, cansada e com o sono totalmente atrasado.

Da próxima vez eu juro que grito uns impropérios da sacada.