domingo, 11 de janeiro de 2015

Correios do Brasil, um desserviço à população

Fiz um pedido num site nacional o qual estou acostumada a fazer encomendas. O pedido foi postado nos correios dia 06/01, com um código de rastreamento.
O pedido consta como entregue na data de 09/01. Qual a surpresa? Temos um pedido com status de entregue e que não foi recebido. As encomendas agora vão para outra dimensão.

Aí eu liguei pro atendimento ao cliente e a porta pessoa que me atendeu disse "Senhora, esse objeto já foi entregue". E eu disse "Meu bem, esse objeto não foi entregue, pois eu não recebi." "Senhora, esse objeto já foi entregue". E a assim a gente segue por tempo suficiente para eu entender que o negócio dessa pessoa não é ajudar. Repetir o que está no sistema eu também consigo. Aliás, se fosse pra ler o que está no sistema, eu não estaria perdendo meu tempo por telefone...
Tento pela forma mais óbvia: sempre que a gente recebe uma encomenda dessas registradas, o recebedor informa seus dados pessoais, geralmente nome e RG e assina. Pergunto pra porta, digo, pessoa: "Quem recebeu esse objeto?". "Senhora, esse tipo de informação não está disponível." PRA QUE SERVE O MALDITO CÓDIGO ENTÃO??

Quando eu digo que os Correios erraram que quero registrar uma reclamação, adivinha? A ligação cai! E não aconteceu só uma vez, pois o Rodrigo tentou ligar para reclamar também.
Lá pela quinta vez que tentamos por telefone, nos instruem a abrir um pedido de informação, onde, pasmem, além do código (que é um identificador único, ou seja, não devem existir dois pacotes com o mesmo identificador) eu tenho que informar um monte de dados do remetente. DO REMETENTE. Como é que eu vou saber qual o CNPJ da empresa? Ou o nome completo? É muita, MUITA burrice associada.

O que eu fiz? Tive que mandar um e-mail para a loja onde comprei para que eles me passem uma informação que os Correios deveriam ter através desse identificador.

E agora é esperar para ter esses dados, para poder abrir um pedido de informação, para ver onde foi parar a minha encomenda.

É um absurdo.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

E viajamos com o nenê :-)

Agora que passou a correria do final de ano, vim aqui para dividir um pouquinho da experiência de viajar com o Bruno.

Como mãe de primeira viagem, eu estava bastante preocupada até a viagem acontecer, e procurei muito na internet informações básicas de viagens com bebês. O resultado é que eu não achei exatamente respostas para as minhas dúvidas... Então depois de ter vivido, decidi escrever o que parece óbvio (e é) a respeito da nossa viagem e desse primeiro passeio do nosso amorzão!

O destino
Pensamos no melhor destino para um bebê de 10 meses aproveitar e escolhemos ir para o nordeste! Como na nossa lua de mel conhecemos Porto de Galinhas, e não queríamos repetir o local, escolhemos ir para a Praia do Forte, na Bahia! Queríamos praias calmas, com água morna para banho... e posso dizer que acertamos na escolha!

O hotel
O segundo passo foi escolher um hotel com facilidades para quem tem crianças. O perfil de viajantes do Rodrigo e meu não é de quem gasta muito com hospedagem (procuramos sempre bom custo-benefício e pesquisamos bastante), então após pesquisar pacotes prontos com resorts como Iberostar e Tivoli, achamos que pelo tamanho do Bruno ele não aproveitaria a infraestrutura que esses hotéis ofereciam. Pesquisei no Facebook nos grupos de mães que faço parte e decidimos pelo Porto Zarpa.
Só para resumir as facilidades, o hotel disponibiliza:
  • Carrinho de bebê
  • Banheira e berço no quarto
  • Cadeiras de alimentação confortáveis, disponíveis no restaurante
  • Copa Baby (uma mini cozinha com fogão, utensílios para cozinhar, microondas, cadeira de alimentação, etc)
  • Frutas para o lanche do bebê (bastava pedir no restaurante)
  • Restaurante com menu infantil
  • Brinquedoteca
E várias outras coisas, mas essas foram as que a gente mais aproveitou :-)
Após ler várias resenhas, decidimos é pra lá que a gente vai!

No avião
Esse é um ponto meio agoniante, até a gente passar por ele. A nossa viagem da ida foi mais tranquila, pois como o vôo saía muito cedo, o Bruno dormiu quase todo a viagem. A gente levou alguns brinquedinhos, tablet com a Galinha Pintadinha (que nem chegamos a usar no avião) e íamos distraindo ele, brincando... Para comer, levei mamá e uma papinha Nestlé, que é só pedir para os comissários de bordo e eles esquentam. Fora isso, o Bruno ainda mama no peito, e isso facilita as coisas.
Quando o avião começava a descer, eu dava o peito ou o bico para ele sugar, para aliviar aquela pressão chata no ouvidinho. Ele deu umas choradinhas, mas nada de anormal.
Na volta sim, foi bem pior, mas não por ele, por causa da companhia aérea. Viajar de TAM está cada dia pior... Ficamos mais de uma hora em solo, esperando para decolar, com o ar-condicionado da aeronave DESLIGADO. Simplesmente todas as crianças que estavam a bordo não aguentaram: choraram, reclamaram...  Mas também, até os adultos não ficaram bem com essa espera.

E o que dar pro nenê comer?
Pois é. Esse é um ponto que mais me causava agonia... O Bruno faz cerca de 7 a 8 refeições por dia (mamá de manhã, lanche da manhã, almoço, mamá, lanche da tarde, janta, mamá e às vezes outro mamá antes de dormir). Ele ainda mama no peito. Mas... Como fazer com as comidinhas? Eu cozinho as papinhas do Bruno, em casa. Mas ficar cozinhando nas férias, mesmo sendo possível por ter essa Baby Copa no hotel, era meio inviável... Então o jeito foi aproveitar as facilidades do hotel e usar das facilidades das papinhas prontas da Nestlé. Eu fazia assim:
Dava mamá no peito pra ele de manhã; no café da manhã eu pegava um suco de laranja do buffet mesmo e dava junto com um mamão; para o almoço, a gente pedia a sopa do cardápio infantil do restaurante do hotel; depois mamá no peito, e no lanche da tarde geralmente eu pegava banana na cozinha do hotel. Para a janta, a gente dava uma dessas papinhas prontas da Nestlé, e depois mamá ou de peito ou na mamadeira. O Bruno também come aqueles mingaus de Mucilon, então esse era outro quebra-galho também. A rotina era mais ou menos essa, a não ser em dias que ele estava tão cansado que não tinha saco pra jantar, aí a gente dava um mamazão mesmo e ele dormia a noite toda com a gente.

E quanto à rotina?
Olha, não adianta mesmo, a rotina vai um pouco pro saco. É importante a gente desapegar um pouco e confiar no instinto da gente e do bebê. O Bruno dormiu várias vezes na beira da piscina. A gente pegava os colchonetes das espreguiçadeiras, forrava com uma toalha e depois de tomar banho de piscina, a gente secava e trocava ele, um mamazinho e caputz! Dormia uma soneca gostosa :-)
Nos primeiros dias quando ele estava muito cansado e não tinha  força/vontade de jantar, eu ficava bem agoniada (acho que é inerente a qualquer mãe achar que seu filho nunca comeu o bastante). Depois relaxei e vi que se o sono era maior que a fome, era melhor deixar ele descansar mesmo.

Na beira da praia

Com um bebê simplesmente não dá para passar o dia todo na beira da praia. Mas não quer dizer que não dê para aproveitar :-)
Banho de mar mesmo a gente acabou tomando uma só vez. O Bruno esteve dodóizinho, com febre, então acabamos por ficar uns dias sem ir à praia nem à piscina, para ele se recuperar. O banho de mar dele foi na Praia do Lord, que ficava a uns 10 minutos de bicitáxi do nosso hotel. Chegamos lá, ele brincou na águia até as mãozinhas ficarem murchas e quando saiu do mar não tem jeito: tem que secar e trocar a roupa (senão ele sente muito frio). Improvisamos um trocador na minha canga e em 5 minutos ele estava pronto :-)

E ele ficou dodói?
Sim, infelizmente o Bruno teve uma virose nos primeiros dias de férias na Bahia. E depois ficou todo empipocado (fomos apresentados ao tal Exantema Súbito). O bom é que não foi nada sério. Acabamos levando ele no posto de saúde (que funcionava inclusive no final de semana) e o atendimento foi muito rápido e muito bom.

E valeu?
Valeu DEMAIS! Passar um tempo em "imersão" só nós três, foi muito especial. Voltamos muito mais conectados como família. E ainda, de bônus, o Bruno APRENDEU a engatinhar nas férias! E a gente conseguiu presenciar isso.

Foi demais :-)

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Sobre o Ano Novo

Chega o fim do ano e com ele as inevitáveis retrospectivas. É o momento em que, geralmente as pessoas olham para trás, encerram um ciclo e se preparam para começar um novo.
Eu gosto dessa parte. Gosto de ver o ano que acabou, de ver as coisas que fiz, e como aproveitei a vida. Não costumo traçar metas para o ano que está por vir, mas adoro essas sensação de recomeço que o ano novo nos traz.

E falando em retrospectiva....

Em 2014 eu me tornei mãe. Comecei o ano com um nenê na barriga e encerro com o maior amor da minha vida nos braços. Foi um ano de transformações, assim como 2015 será. Mas foi um ano extremamente desafiador.



Foi um ano de poucas leituras não relacionadas a maternidade. Foi um ano de poucos filmes e seriados, principalmente agora que o Bruno está maior.

Foi um ano de aprender a identificar choros. Foi um ano de gargalhadas. Foi um ano de aprender a mastigar. De mmmaaammmaaa. De aprender a cozinhar papinha. De palmas e tchauzinhos. Foi um ano de engatinhar e ficar de pé sozinho. Foi um ano em que a minha vida se fundiu à vida desse novo ser. E é engraçado, pois ao mesmo tempo em que eu me sinto mais próxima dele, maior é a nossa distância, pois esse bichinho está aprendendo a ser independente. Do mundo.



Ainda não sei exatamente o que vai ser do 2015. Mas hoje à noite, quando o novo ano se anunciar, vou renovar as energias. Vou fazer promessas. E vou agradecer a benção, a alegria, o maior presente que o ano de 2014 me deu: Bruno.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia 15 de outubro, dia do professor

Estava dando os parabéns via Facebook a uma amiga que é pedagoga. Aí parei para me dar conta da quantidade de amigos e conhecidos que escolheram seguir a carreira de "professor".

Impossível não me lembrar dos meus professores... Minha memória é de elefante para esse tipo de coisa: eu lembro do nome da minha professora do jardim de infância (Anelise), da professora da primeira (Mercedes), segunda (Marilena), terceira (Neusa), quarta série (Valquíria) e assim por diante. Lembro dos nomes de cada um dos meus professores do ensino médio. E de como cada um deles afetou a minhas escolhas profissionais.

Eu tive professores e mestres. Professores que me ensinaram as lições em sala de aula e mestres que me orientaram mais do que eles podem imaginar. Tive um anjo da guarda em forma de professora, que acreditou tanto na minha capacidade... È de ti que eu estou falando Emily :-) Minha professora de inglês que me deu lições de humanidade. Que acreditou que eu poderia ir além e fez tudo o que pode para me ajudar. Graças a ela, eu tive condições de entrar para a universidade federal, a única que eu tinha condições financeiras de cursar na época.

Lembro dos professores de história que tive no Julinho. A organização do professor Eduardo, que fazia  a gente entender o conteúdo através de esquemas excelentes no quadro. A paixão do professor João (Joãozinho) ao falar sobre política e eleições. Pela primeira vez eu vi que História é uma das matérias mais apaixonantes do currículo escolar. E tive muita vontade de cursar História na faculdade.

Lembro de uma professora de matemática do 3° ano (Lúcia), que quase chorou no último dia de aula quando nos deu "Tchau". Quando passei no vestibular para Ciência da Computação na UFRGS, cheguei a ligar pra ela para agradecer as infindáveis listas de exercício que ela nos passava. Anos depois a encontrei quando estava saindo do meu estágio na PROCEMPA. Mostrei minha pastinha da UFRGS, toda orgulhosa.

E depois na faculdade... Tive professores que me mostraram porquê eu estava cursando Ciência da Computação. Tive professores que resgataram a minha auto-estima. Tive mestres :-)

Hoje a realidade dessa profissão está presente na minha vida através do meu filho. Faz dois meses que ele começou na escolinha, e posso dizer que o efeito tem sido maravilhoso... Quando eu vejo o carinho com que ele é tratado, tenho certeza de que as professoras dele, assim como os que passaram pela minha vida, estão na profissão certo!

Fica minha homenagem então, a todos os mestres que ensinam e INSPIRAM seus alunos :-)

Feliz Dia do Professor

Imagem retirada daqui

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Seis pares de sapato... e "o" par de tênis

Ontem eu fui passear na serra com o marido. Fomos testar o carro novo na estrada e tomar um café colonial em Gramado. Na volta paramos na loja da Piccadilly, em Igrejinha onde eu chutei o balde por conta de uma promoção que havia na loja: a cada três pares de sapato Piccadilly e a gente ganhava outros três! Graças à paciência do meu marido, saímos de lá com 8 pares de sapato (seis para mim, por conta da promoção e mais dois pra ele).

Vocês podem imaginar minha alegria feminina, não? Seis pares de sapato em uma tacada só. E o melhor, sem apertar o meu orçamento. Vou dizer pra vocês: eu gastei R$ 430,00 em sapatos ontem. E sem peso nenhum na consciência...

Daí da alegria para a melancolia foi um passo. Eu comprei seis pares de sapato. E hoje, graças à Deus e ao meu trabalho eu posso fazer isso de vez em quando. Mas me  lembrei de uma época em que os recursos eram mais escassos e eu tinha um único tênis "para sair" e fiquei pensando: "Nossa, hoje eu comprei seis pares de sapato, e ouve uma época da minha vida que o que eu tinha não era "um" tênis mas "o" tênis..." E claro, com os hormônios ouriçados por conta da gravidez e "essa mania de lembrar de tudo feito um gravador" eu comecei a chorar.

Voltei pro presente e pensei no filhote que estou trazendo na barriga, o Bruno. Pensei que, se as condições continuarem colaborando, o Bruno não vai ter somente um tênis pra ir pro colégio e nem apenas um casaco ou uma calça "boa". Mas ele vai saber sempre, exatamente, de onde os paizinhos dele vieram. Eu vou fazer questão de contar e explicar que a mamãe dele fazia bicos para ajudar a pagar o curso de inglês, que o papai dava aula de informática quando estava cursando o segundo grau, que o nosso primeiro carro foi um fusquinha caindo aos pedaços (ahh Bochechudo...). Ele vai saber sempre de onde ele veio.

Acho que nunca vou conseguir não me emocionar quando penso nessas coisas. E eu vou continuar comprando meus infinitos pares de sapatos, sempre que possível, claro. Sem nunca deixar de lembrar daquele par de tênis único. E de como é importante saber dar valor para as coisas.