quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

Sobre o Ano Novo

Chega o fim do ano e com ele as inevitáveis retrospectivas. É o momento em que, geralmente as pessoas olham para trás, encerram um ciclo e se preparam para começar um novo.
Eu gosto dessa parte. Gosto de ver o ano que acabou, de ver as coisas que fiz, e como aproveitei a vida. Não costumo traçar metas para o ano que está por vir, mas adoro essas sensação de recomeço que o ano novo nos traz.

E falando em retrospectiva....

Em 2014 eu me tornei mãe. Comecei o ano com um nenê na barriga e encerro com o maior amor da minha vida nos braços. Foi um ano de transformações, assim como 2015 será. Mas foi um ano extremamente desafiador.



Foi um ano de poucas leituras não relacionadas a maternidade. Foi um ano de poucos filmes e seriados, principalmente agora que o Bruno está maior.

Foi um ano de aprender a identificar choros. Foi um ano de gargalhadas. Foi um ano de aprender a mastigar. De mmmaaammmaaa. De aprender a cozinhar papinha. De palmas e tchauzinhos. Foi um ano de engatinhar e ficar de pé sozinho. Foi um ano em que a minha vida se fundiu à vida desse novo ser. E é engraçado, pois ao mesmo tempo em que eu me sinto mais próxima dele, maior é a nossa distância, pois esse bichinho está aprendendo a ser independente. Do mundo.



Ainda não sei exatamente o que vai ser do 2015. Mas hoje à noite, quando o novo ano se anunciar, vou renovar as energias. Vou fazer promessas. E vou agradecer a benção, a alegria, o maior presente que o ano de 2014 me deu: Bruno.


quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Dia 15 de outubro, dia do professor

Estava dando os parabéns via Facebook a uma amiga que é pedagoga. Aí parei para me dar conta da quantidade de amigos e conhecidos que escolheram seguir a carreira de "professor".

Impossível não me lembrar dos meus professores... Minha memória é de elefante para esse tipo de coisa: eu lembro do nome da minha professora do jardim de infância (Anelise), da professora da primeira (Mercedes), segunda (Marilena), terceira (Neusa), quarta série (Valquíria) e assim por diante. Lembro dos nomes de cada um dos meus professores do ensino médio. E de como cada um deles afetou a minhas escolhas profissionais.

Eu tive professores e mestres. Professores que me ensinaram as lições em sala de aula e mestres que me orientaram mais do que eles podem imaginar. Tive um anjo da guarda em forma de professora, que acreditou tanto na minha capacidade... È de ti que eu estou falando Emily :-) Minha professora de inglês que me deu lições de humanidade. Que acreditou que eu poderia ir além e fez tudo o que pode para me ajudar. Graças a ela, eu tive condições de entrar para a universidade federal, a única que eu tinha condições financeiras de cursar na época.

Lembro dos professores de história que tive no Julinho. A organização do professor Eduardo, que fazia  a gente entender o conteúdo através de esquemas excelentes no quadro. A paixão do professor João (Joãozinho) ao falar sobre política e eleições. Pela primeira vez eu vi que História é uma das matérias mais apaixonantes do currículo escolar. E tive muita vontade de cursar História na faculdade.

Lembro de uma professora de matemática do 3° ano (Lúcia), que quase chorou no último dia de aula quando nos deu "Tchau". Quando passei no vestibular para Ciência da Computação na UFRGS, cheguei a ligar pra ela para agradecer as infindáveis listas de exercício que ela nos passava. Anos depois a encontrei quando estava saindo do meu estágio na PROCEMPA. Mostrei minha pastinha da UFRGS, toda orgulhosa.

E depois na faculdade... Tive professores que me mostraram porquê eu estava cursando Ciência da Computação. Tive professores que resgataram a minha auto-estima. Tive mestres :-)

Hoje a realidade dessa profissão está presente na minha vida através do meu filho. Faz dois meses que ele começou na escolinha, e posso dizer que o efeito tem sido maravilhoso... Quando eu vejo o carinho com que ele é tratado, tenho certeza de que as professoras dele, assim como os que passaram pela minha vida, estão na profissão certo!

Fica minha homenagem então, a todos os mestres que ensinam e INSPIRAM seus alunos :-)

Feliz Dia do Professor

Imagem retirada daqui

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Seis pares de sapato... e "o" par de tênis

Ontem eu fui passear na serra com o marido. Fomos testar o carro novo na estrada e tomar um café colonial em Gramado. Na volta paramos na loja da Piccadilly, em Igrejinha onde eu chutei o balde por conta de uma promoção que havia na loja: a cada três pares de sapato Piccadilly e a gente ganhava outros três! Graças à paciência do meu marido, saímos de lá com 8 pares de sapato (seis para mim, por conta da promoção e mais dois pra ele).

Vocês podem imaginar minha alegria feminina, não? Seis pares de sapato em uma tacada só. E o melhor, sem apertar o meu orçamento. Vou dizer pra vocês: eu gastei R$ 430,00 em sapatos ontem. E sem peso nenhum na consciência...

Daí da alegria para a melancolia foi um passo. Eu comprei seis pares de sapato. E hoje, graças à Deus e ao meu trabalho eu posso fazer isso de vez em quando. Mas me  lembrei de uma época em que os recursos eram mais escassos e eu tinha um único tênis "para sair" e fiquei pensando: "Nossa, hoje eu comprei seis pares de sapato, e ouve uma época da minha vida que o que eu tinha não era "um" tênis mas "o" tênis..." E claro, com os hormônios ouriçados por conta da gravidez e "essa mania de lembrar de tudo feito um gravador" eu comecei a chorar.

Voltei pro presente e pensei no filhote que estou trazendo na barriga, o Bruno. Pensei que, se as condições continuarem colaborando, o Bruno não vai ter somente um tênis pra ir pro colégio e nem apenas um casaco ou uma calça "boa". Mas ele vai saber sempre, exatamente, de onde os paizinhos dele vieram. Eu vou fazer questão de contar e explicar que a mamãe dele fazia bicos para ajudar a pagar o curso de inglês, que o papai dava aula de informática quando estava cursando o segundo grau, que o nosso primeiro carro foi um fusquinha caindo aos pedaços (ahh Bochechudo...). Ele vai saber sempre de onde ele veio.

Acho que nunca vou conseguir não me emocionar quando penso nessas coisas. E eu vou continuar comprando meus infinitos pares de sapatos, sempre que possível, claro. Sem nunca deixar de lembrar daquele par de tênis único. E de como é importante saber dar valor para as coisas.